O caso Capasso: quando a gestão do vestiário vira um campo de decisões estratégicas.

Tomada de decisão e planejamento estratégico: veja por que eles são  inseparáveis - FIA-LABFIN.PROVAR

O futebol é um esporte apaixonante, repleto de emoções, gols decisivos e heróis improváveis. Mas por trás do brilho dos refletores, existe uma engrenagem complexa que define o sucesso ou o fracasso de um clube: a gestão no futebol. O recente afastamento do zagueiro Manuel Capasso do Vasco da Gama não é apenas mais um caso de atleta fora dos planos. Ele é um espelho de como escolhas administrativas impactam diretamente o desempenho esportivo, a moral do elenco e até a saúde financeira de uma instituição centenária. O caso chama a atenção não só pela decisão em si, mas pela forma como foi conduzido e exposto ao público, evidenciando a linha tênue entre autoridade, comunicação e profissionalismo.

Gestão no futebol exige planejamento e coerência

A gestão no futebol vai muito além da escalação do time titular. Ela começa antes da bola rolar, nos escritórios e centros de decisões, onde estratégias são traçadas, investimentos são avaliados e contratos são firmados. Capasso retornou ao Vasco após uma temporada vitoriosa no Olimpia, onde foi campeão e elogiado. Com contrato vigente até 2025, sua presença poderia ser uma solução natural para as constantes falhas defensivas do time. No entanto, a direção decidiu excluí-lo do grupo principal, sem sequer inscrevê-lo no Campeonato Brasileiro, alegando que o atleta teve chances de sair, mas preferiu ficar. É uma decisão que coloca em xeque a lógica e o planejamento do elenco.

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Gestão de ativos humanos: jogadores também são patrimônio

Na linguagem corporativa, jogadores são ativos. Representam investimentos financeiros e podem gerar retorno esportivo e comercial. Quando um clube decide afastar um atleta sem utilizá-lo e tampouco negociá-lo, cria-se um passivo: o jogador continua recebendo, mas não entrega resultado. Isso afeta o fluxo de caixa, prejudica o ambiente interno e pode desvalorizar o ativo no mercado. A situação de Capasso escancara essa fragilidade. Ao ser afastado e mantido em treinamentos separados, o zagueiro perde visibilidade, ritmo de jogo e valor de mercado, o que dificulta futuras negociações. A gestão no futebol precisa entender que, como em qualquer organização, descartar um recurso sem estratégia compromete o desempenho global da instituição.

A comunicação como pilar da gestão esportiva

Uma das maiores falhas no caso Capasso foi a forma como a situação foi comunicada. O diretor-técnico Felipe afirmou, em coletiva, que o jogador “teve chances de sair, não quis, agora não há o que fazer”. Pouco depois, Capasso reagiu com uma postagem simbólica, segurando o troféu conquistado pelo Olimpia. Esse tipo de exposição não apenas evidencia um conflito, mas revela uma lacuna grave na gestão de pessoas e na condução da comunicação interna. Em uma gestão no futebol profissional, situações como essa são resolvidas com conversas internas, sigilo e clareza, evitando ruído com a torcida e com a mídia.

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Planejamento de elenco: a chave para evitar conflitos

Quando o clube contrata um jogador, ele espera que o atleta atue. Caso isso não aconteça, o clube deve negociar o jogador. Se ele permanecer, o clube precisa definir um plano claro. O Vasco não apresentou um plano de contingência sólido. Se decidiu não aproveitar Capasso, deveria ter reforçado com mais veemência a ideia de uma transferência. Em vez disso, optou por mantê-lo fora dos treinamentos com o elenco e deixou de inscrevê-lo. Essas decisões mostram que a gestão no futebol precisa estabelecer ciclos bem definidos: contratar, utilizar, negociar ou liberar. Quando o clube ignora qualquer uma dessas etapas, ele cria exatamente o tipo de situação desconfortável que vimos neste caso.

O vestiário é o reflexo da gestão fora das quatro linhas

Mais do que um problema com um atleta, a forma como Capasso foi afastado reflete no vestiário. Jogadores observam o tratamento dado aos colegas. Um clima de insegurança ou autoritarismo afeta diretamente o desempenho coletivo. A gestão no futebol moderno preza pelo ambiente colaborativo, pelo respeito aos contratos e pela transparência. Quando isso falha, o vestiário sofre, o rendimento cai e as crises se multiplicam. Clubes que se destacam atualmente, como Palmeiras, Athletico Paranaense e Fortaleza, investem pesado nessa harmonia interna, entendendo que o emocional do atleta influencia sua performance.

Torcida e transparência: a nova dinâmica de gestão no futebol

Com o advento das redes sociais, a torcida passou a fazer parte ativa da fiscalização dos clubes. Hoje, o torcedor quer entender por que um jogador com histórico de títulos está afastado enquanto o time sofre em campo. A transparência virou exigência. A gestão no futebol precisa se adaptar a esse novo paradigma, oferecendo informações claras, justificativas coerentes e, acima de tudo, coerência entre discurso e prática. Do contrário, perde-se a confiança e aumenta-se a pressão em momentos de crise.

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Liderança emocional: habilidade-chave para dirigentes modernos

Conduzir atletas insatisfeitos, comunicar cortes, negociar saídas e administrar egos. Essas são algumas das funções mais sensíveis de um gestor esportivo. A gestão no futebol atual exige liderança emocional, empatia e capacidade de antever conflitos. Capasso, como qualquer profissional, esperava respeito e clareza. Quando isso não acontece, o desgaste é inevitável. Gestores bem preparados evitam crises antes que elas comecem. E fazem isso construindo relações de confiança e mantendo o foco no bem maior: o clube.

Conclusão: um caso que vai muito além do campo

Certamente o caso de Manuel Capasso no Vasco é um exemplo claro de como falhas na gestão interna podem gerar prejuízos em várias frentes. Esportiva, porque o clube deixa de contar com um zagueiro experiente. Financeira, porque o jogador segue recebendo sem atuar. Institucional, porque a imagem do clube fica arranhada diante da torcida e do mercado. Uma gestão no futebol mais integrada, profissional e humana evitaria tudo isso.

Certamente o futebol moderno exige que clubes pensem como empresas e ajam com a mesma precisão estratégica. O caso Capasso é um alerta, mas também uma oportunidade. De repensar processos, melhorar a gestão de pessoas e colocar o futebol brasileiro no caminho da profissionalização completa. Porque, ao final das contas, o que se decide nos bastidores impacta diretamente no que acontece dentro das quatro linhas.

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