A Polícia Federal está investigando o atacante Bruno Henrique, do Flamengo. A suspeita é de manipulação de jogo durante a partida contra o Santos no Brasileirão 2023.
Na manhã do último dia 05/11, agentes da Polícia Federal e do Ministério Público do Rio de Janeiro realizaram mandados de busca e apreensão no Ninho do Urubu, na residência de Bruno Henrique, atacante do Flamengo e em endereços na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde ele nasceu. A investigação inclui parentes e amigos próximos do jogador.
A denúncia partiu de uma agência internacional que monitora sites de apostas, após detectar movimentações financeiras atípicas nas vésperas do jogo contra o Santos. Contas abertas em Belo Horizonte registraram apostas direcionadas a uma advertência para Bruno Henrique. No jogo, o atacante recebeu o cartão amarelo nos acréscimos e, ao protestar, acabou expulso.
Bruno Henrique ainda não responde formalmente a uma acusação e, nesta terça-feira (5), treinou normalmente e viajou com o time para Belo Horizonte, onde o Flamengo enfrentará o Cruzeiro na quarta-feira (6).
Em nota, o Flamengo informou que não teve acesso ao processo e destacou que Bruno Henrique conta com a presunção de inocência.
Em setembro, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) analisou uma denúncia de manipulação nesse caso; no entanto, decidiu arquivá-la por falta de provas. O relatório da Sportradar, uma empresa especializada no monitoramento de apostas, apontou uma movimentação suspeita. Ainda assim, o STJD concluiu que os indícios não eram suficientes para justificar uma punição.
A defesa de Bruno Henrique argumenta que, se o jogador realmente tivesse planejado manipular o jogo, ele certamente não deixaria para forçar o cartão nos acréscimos, pois isso aumentaria o risco de complicações. Além disso, a defesa ressalta que muitos jogadores forçam o terceiro cartão amarelo para cumprir suspensão em uma partida de menor relevância. No caso de Bruno Henrique, o cartão recebido contra o Santos permitiu que ele ficasse fora do jogo contra o Fortaleza e, posteriormente, retornasse para a partida decisiva contra o Palmeiras.
Enquanto isso, as investigações prosseguem, e o STJD também pode reavaliar o caso caso surjam novos desdobramentos.
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