
Certamente a temporada de 2024 do Atlético-MG prometia ser histórica, mas terminou com um gosto amargo para o clube e sua torcida. Em seu primeiro ano como Sociedade Anônima do Futebol (SAF), o Galo alcançou duas finais importantes, mas fracassou em conquistar títulos relevantes. Sem a vaga na Libertadores de 2025 e com uma campanha instável no Brasileirão, o impacto foi significativo. Todavia, vamos explorar os quatro acontecimentos que mais marcaram o ano do Atlético-MG.
A era Felipão e o início de um ano desafiador
A direção atleticana apostou na continuidade de Luiz Felipe Scolari, o Felipão, para liderar o time em 2024. A expectativa era alta, com o treinador tendo a oportunidade de planejar a temporada desde o início, incluindo a participação na escolha de reforços. Além disso, a torcida esperava um estilo de jogo mais ofensivo e eficaz, contrastando com a abordagem reativa do passado.
Porém, os resultados não atenderam às expectativas. Apesar de chegar à final do Campeonato Mineiro, o desempenho do Galo foi aquém do esperado. Na semifinal, enfrentou dificuldades contra o América-MG e quase perdeu a chance de disputar o título. Em dez jogos no comando, Felipão conquistou cinco vitórias, dois empates e sofreu três derrotas, o que levou à sua substituição.

Gabriel Milito assume o comando e transformações no Galo
A chegada de Gabriel Milito trouxe uma nova dinâmica ao Atlético-MG. Indicado pelo Centro de Informação do Galo (CIGA), o treinador argentino assumiu com a missão de implementar um estilo de jogo mais coeso e competitivo. Logo em sua estreia, conquistou o Campeonato Mineiro, marcando um início promissor com uma sequência invicta de 12 jogos.
Porém, a boa fase deu lugar à oscilação. Períodos como as Datas-FIFA expuseram fragilidades do elenco, com perdas importantes devido a convocações e lesões. Apesar dos avanços nas Copas, o time não manteve consistência no Brasileirão. A passagem de Milito terminou de forma abrupta, com 62 jogos disputados, 23 vitórias, 20 empates e 19 derrotas.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_bc8228b6673f488aa253bbcb03c80ec5/internal_photos/bs/2024/t/e/DqWvC8QGy3dZZrNbZlpw/carrossel-retrospectiva-galo-2024.jpg)
O Atlético das Copas e as decepções nas finais
O foco do Atlético-MG em 2024 foi nas competições mata-mata. O objetivo era claro: acabar com o jejum de 11 anos sem títulos continentais. Milito ajustou o time para jogos eliminatórios, privilegiando um estilo mais seguro e eficaz nos contra-ataques. Essa abordagem levou o Galo às finais da Copa do Brasil e da Libertadores.
Nas decisões, entretanto, o Atlético foi amplamente dominado pelos adversários. Contra o Flamengo, na Copa do Brasil, perdeu por 3 a 1 no primeiro jogo e foi derrotado novamente em casa por 1 a 0. Na final da Libertadores, enfrentou o Botafogo e sofreu outro revés doloroso: após ter um jogador a mais desde o primeiro minuto, perdeu por 3 a 1. Essas derrotas deixaram o Galo sem a vaga na Libertadores de 2025.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_bc8228b6673f488aa253bbcb03c80ec5/internal_photos/bs/2024/h/R/HvJH5rS8yPas2NEik5sg/gettyimages-2187617666-1-.jpg)
Um Brasileirão marcado por inconsistência
No Campeonato Brasileiro, o Atlético-MG nunca conseguiu engrenar. O time priorizou as Copas e deixou a competição nacional em segundo plano, o que resultou em uma campanha marcada por altos e baixos. No segundo turno, a briga por uma vaga no G-6 deu lugar ao risco de rebaixamento.
Nas últimas rodadas, o Galo enfrentou uma sequência de nove jogos sem vitória, chegando à última partida com o fantasma do descenso assombrando. Uma vitória por 1 a 0 sobre o Athletico-PR garantiu a permanência na Série A e uma vaga na Copa Sul-Americana de 2025. O Atlético terminou o Brasileirão na 12ª posição, com 47 pontos.

Impactos e perspectivas para 2025
O primeiro ano de SAF do Atlético-MG trouxe aprendizados importantes, mas também revelou desafios estruturais. A falta de títulos expressivos e a ausência na Libertadores de 2025 representam um retrocesso no planejamento esportivo e financeiro do clube. A direção precisará rever estratégias, reforçar o elenco e buscar uma maior sinergia com a torcida para voltar ao protagonismo.
Para 2025, o Atlético-MG tem o desafio de equilibrar desempenho e resultados. A presença na Copa Sul-Americana pode servir como um trampolim para retomar a confiabilidade. Além disso, é essencial aprender com os erros cometidos em 2024 e aproveitar as bases sólidas construídas com a SAF para almejar um futuro mais promissor.

O Atlético voltará mais forte?
Certamente o ano de 2024 foi um divisor de águas para o Atlético-MG. Em meio a expectativas, conquistas pontuais e decepções marcantes, o clube encerrou a temporada com lições valiosas. Se por um lado houve avanços na organização e na gestão, por outro, faltaram títulos que consolidassem o Galo no cenário nacional e internacional.
Agora, o desafio é transformar as adversidades de 2024 em combustível para um 2025 mais vitorioso. Todavia, com planejamento, reforços pontuais e uma postura mais agressiva nas competições, o Atlético-MG pode voltar a ser protagonista e escrever um capítulo mais feliz em sua história.
(Texto adaptado do site do GE)
Veja também: https://ritmodejogo.com.br/os-principais-fatos-do-flamengo-no-ano/
Acompanhe-nos também pelo Instagram: https://www.instagram.com/ritmodejogobr/
Inscreva-se no nosso canal do YouTube: https://www.youtube.com/@ritmodejogobr